INCLUSÃO DIGITAL
Nos dias atuais, os avanços tecnológicos são surpreendentes e têm se tornando cada vez mais ágeis. A tecnologia da informação coloca no mercado inúmeras e renovadas alternativas. Porém, não basta aprender a “navegar no imenso oceano de informações”; há de que se defina a que se quer buscar para o enriquecimento da vida pessoal e profissional de cada um. Aquilo que, realmente, nos fará crescer, pois, tudo o que nos é apresentado, interessa, primeiro, a quem oferece – socialidade de base. Sabe-se que construir conhecimento passa pelo contato com informações distribuídas nos mais variados espaços, uma condição de possibilidade mediada pelas pessoas que interagem nas redes, dialogando, cooperando, construindo sentido. O conhecimento precisa ser produzido ou reapropriado para que seja reconstruído novamente. Toda a situação de aprendizagem é uma situação em que o equilíbrio se rompe. É um período onde novas informações tendem a desestruturar a rede de conhecimentos formada. Ocorre, então, um processo de interação entre os conceitos no domínio cognitivo, um processo de reestruturação da rede de conhecimentos e relações. O conhecimento humano pode ser comparado com um espiral, o qual cresce continuamente e vai sendo ampliado progressivamente. É um bem de produção indispensável para nossas vidas, por se constituir na busca do entendimento e de organização de nossa ação. O papel da escola hoje é construir esse conhecimento através da interação entre os sujeitos que nela estão inseridos. O computador tem provocado uma revolução na educação por causa de sua capacidade de “ensinar”. Muitos professores sentem-se inseguros, pois num primeiro momento temem sua substituição por máquinas e programas capazes de cumprir o papel antes reservado para o ser humano. O computador pode realmente provocar uma mudança no paradigma pedagógico e pôr em risco a sobrevivência profissional daqueles que concebem a educação como uma simples operação de transferência de conhecimentos do mestre para o aluno. Vivemos numa sociedade onde disponibilizamos de inúmeras possibilidades tecnológicas e de grandes contrastes, tendo presente em nossas escolas diferentes realidades, crianças com e sem acesso à tecnologia, professores sem qualificação nessa área que sentem-se inseguros para encarar esta nova realidade da educação, nesse sentido, é fundamental que a escola passe por transformações para se adequar a essa nova realidade, tendo em vista esse novo contexto educacional. Muitas escolas introduzem o computador como disciplina curricular, dissociada de sua utilização em outras perspectivas e disciplinas. Uma consideração fundamental é que o computador torna-se um dos recursos mediadores de uma aprendizagem dinâmica, ele não estará substituindo o professor, mas auxiliando-o como ferramenta interativa na construção da aprendizagem. Sendo assim utilizado pelo professor, vem a “enriquecer o ambiente das crianças para que as trocas simbólicas estimulem o funcionamento da representação mental”. (Fagundes, 1994, p.49) Consideramos que no contexto atual, o grande desafio da escola e dos professores em especial, é se apropriar da tecnologia para poder usá-las em seu fazer pedagógico. Sabemos por experiência própria que muitos não têm acesso a essas tecnologias, mas isso não pode impedir o nosso crescimento como profissionais. Cabe-nos buscar cursos, treinamentos, informações para podermos nos inserir nesse novo mundo que se apresenta e que com certeza não podemos ignorar. Neste ano de 2008 a Escola Municipal de Ensino Fundamental Presidente Costa e Silva, do município de Panambi, estado do Rio Grande do Sul, foi selecionada para participar do projeto UCA (Um Computador por Aluno).O Projeto UCA é uma iniciativa do Governo Federal que visa distribuir a cada estudante da Rede Pública do Ensino Básico Brasileiro um laptop voltado à educação. A intenção do Programa é inovar os sistemas de ensino para melhorar a qualidade da educação no país. É preciso preparar desde já os alunos para serem agentes criativos. Dentro desse contexto, acredita-se que o laptop seja uma ferramenta fundamental, já que auxilia o aprendiz na criação e compartilhamento do conhecimento, através da interação na rede tecnológica. A constante troca de experiências e informações entre os próprios alunos e entre as crianças e suas comunidades poderá aproximar Escola e Comunidade, motivando os alunos a produzir conhecimento.
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